LIVRE
PEDALAR/ JORNAL O IMPARCIAL
10 de
dezembro de 2006
“O ex –
ciclista Rubens Paura”
“Comentou que seria bacana fazer um
busto de Adolpho Féchio na escola “Olga
Ferreira Campos”, no Ginásio de Esportes que leva o nome “Adolpho Féchio”, lá
no Jardim Universal.”
“Rubens
Paura começou a pedalar muito jovem, quando tinha 17 anos. Treinava sem os seus
colegas saberem até que pegou ritmo e
passou a andar posteriormente junto com eles. Lembrou que ia assistir aos
treinos e marcava os tempos de saída e chegada dos ciclistas de sua época,
que eram Adolpho Féchio, João Moura, Roberto Benoto e Joaquim Gomes (já falecido).
Mudou-se para Marília em 1950 e lá trabalhou em negócio próprio, possuía
uma fabrica de doces “Fabrica de Doces Bela Aliança”, hoje não mais
existente.
Lá em
Marília, Rubens Paura não possuía bicicleta e existia um loja de nome “Armazém
Rádio”. Entre os produtos para aluguel , existiam três bicicletas.
E um “tal”
de Fausto Tesoline emprestou uma bicicleta de corrida para Paura e também outra
para o amigo dele, Maurício de Labua, isso em 1952.
Voltou a
residir em Araraquara em 1972. Trabalhou na Cutrale e lá entrou como motorista
interno de caminhão, depois passou a dirigir Kombi. Posteriormente exerceu
atividade de contínuo. E fazia pagamentos para Cutrale em 14 bancos. Ele
lembra: “ Eu tinha bastante responsabilidade no meu serviço”.
De 1972 até
1990 ficou parado sem pagar aposentadoria. Quando o seu filho comprou uma
bicicleta para ele, uma Caloi. Ia ver a “turma treinar”. Foi quando Adolpho
Féchio, segundo ele próprio relatou, o convidou para treinar. E o Féchio
recomendava:
-“Tira os
paralamas, vamos treinar!”.
E treinavam
por toda a redondeza. Iam pros lados do Rio Mogi-Guaçu, São Carlos, Ribeirão
Bonito e Guarapiranga. Foi quando naquela ocasião ele decidia:
-“Sábado
agora vou deixar minha bicicleta preparada”. E se aventurava muitas vezes
sozinho, outras acompanhado, para as regiões de Marília, onde tinha e tem
conhecidos. Em Marília era recepcionado por amigos, parentes e fãs, como o
radialista Wilson Mattos, da “Rádio
Dirceu”, de Marília. Em outras rádios de
Marília também havia o mesmo tratamento,
quando o Rubens Paura chegava com sua bicicleta, muitas vezes daqui de nossa
cidade.
Lembrou
Rubens Paura que os jornalistas Tadeu
Alves e José Roberto Fernandes, locutores esportivos de nossa cidade, lhe deram
muito apoio também.
E que por
muitas vezes ele foi notícia no jornal “O Imparcial”.
Disse Rubens
Paura:
“Uma vez
fomos para São Paulo de bicicleta. Até Rio Claro fomos em 18 ciclistas, depois
seguindo para São Paulo: Armando Currado Bazolli, Joaquim Gomes (já
falecido) e eu Rubens Paura”.
Chegando a
Rio Claro os quatro seguiram até Campinas, chegando por volta das 5 horas da
tarde. Pernoitaram lá e depois seguiram até a capital paulista.
Os demais
ciclistas ficaram em Rio Claro.
Trajeto:
“Todo o trajeto
era meio apedregulhado”, ou seja, de Araraquara até Jundiaí era terra, e de
Jundiaí até São Paulo asfaltado.
Ele comenta:
“ Não
existia muito trânsito começava a ter um pouco depois de Campinas e Limeira”.
Rubens Paura
ficou muito motivado com a ideia do “Museu do Ciclista”. Disse até estar
disposto a doar uma bicicleta, do tipo que eles andavam antigamente, para o
museu ciclista. Disse ter comentado com o prefeito Senhor Edinho Silva, ‘ocasião
da homenagem ao ex-ciclista Adolpho Féchio, na escola “Olga Ferreira Campos” no
Ginásio de Esportes que leva o nome “Adolpho Féchio”, lá no Jardim Universal.
A região que
Rubens Paura mais gostava de treinar era a região ali, entre Limeira e
Campinas. Distâncias que ele percorreu.
Nas cidades
Marília – 230 quilómetros, Limeira – 140 quilómetros, Campinas – 180 quilómetros
e São Paulo - 230 quilómetros.
Relembrando
que quase tudo por estrada de chão!
Acho que nos
dias atuais, muitos dos ciclistas que estão por ai, iriam se desmotivar em praticar o ciclismo,
já pensou? Terra até Jundiaí...”.
Cláudio Lara
Ruiz/ O Imparcial (Colaborador)
Matéria publicada no jornal “O Imparcial” na página de Cláudio Lara Ruiz “LIVRE
PEDALAR”; no dia 10 de dezembro de 2006.
No mês de
dezembro de 2006 , fui até a casa do ex-ciclista Rubens Paura, para entrevista-lo
e tirar fotos. Fui com uma máquina de bolso; o que resultou essas últimas
imagens do incansável ciclista. Era animado, entusiasta do esporte ciclismo e
de futuros acontecimentos em prol do ciclismo local; para ter um espaço no
museu do futebol, esporte local , lá na arena da fonte AFE. Eu dizia na época que
escrevia Livre Pedalar que, interessante seria um museu só para o ciclismo. Já
que temos tradição forte e nomes de destaque. Nomes que mesmo (já falecidos)
como o de Paura (falecido com 84 anos) vibram com força! Como
que um resgate e pulsão do único ouro brasileiro que é Anesio Argenton. Mas Rubens
Paura como Adolpho Féchio, também fizeram bonito em cima de suas bicicletas! Paura,
veio a falecer agora dia 10 de maio de 2015 e o sepultamento ocorreu dia 11.
Morre um grande homem que contou a história dele (leia matéria minha de 10 de
dezembro de 2006, na minha página Livre Pedalar). Votos de pesar aos familiares
e amigos.
Cláudio Lara
Ruiz: Texto e fotos
Veja meu
blog!
Fotosdeclaudiolararuiz.blogspot.com.br